Programa de índio - #sqn

Depois de assistir um filme europeu no Estação, participar de um debate sobre autoritarismo e dirigir até a Barra para ver Leonardo Gonçalves, era a vez de Didy escolher o programa da nossa lista Antes de Casar. E bem no meio da fase de grupos da Copa, quando tinha três jogos ao dia e tudo que eu queria era assisti-los. Mas isso, claro, nem passava pela cabeça dela, que optou por ir ao Cinemark do Plaza Niterói, em pleno feriado chuvoso, e no dia do jogaço Uruguai X Inglaterra, assistir ao drama “A Culpa é das Estrelas”. E eu ainda fiquei na indigna função de comprar os ingressos. Mais de uma hora na fila e ainda por cima rodeada de adolescentes.  É muito amor! 

Quando cheguei a casa dela, com os ingressos na mão e já no segundo tempo do jogo, não queria nem conversa de tão irritada que estava. Aos poucos, o futebol e a boa companhia foram me acalmando. Terminamos de assistir o jogo juntas e fomos ao Plaza com Didy no volante, o que eu sempre acho muito chique. 

Lanchamos no The Fifities e fofocamos um pouco. Quando entramos no cinema, minha cabeça já tinha mudado de “programa de índio” para “até que foi uma boa ideia”. No fim do filme, com os olhos inchados de tanto chorar, mas a alma leve, achei que foi mesmo um programão. 

“A Culpa é das Estrelas” é um romance dramático adolescente, sem dúvidas, mas é sensível, doce e leve, ao mesmo tempo. Faz a gente acreditar no amor e na beleza da vida, apesar do horror que é esse mundo. Tem uma música que eu amo e Didy odeia (o que é bastante comum) que diz que o “Mundo é um moinho”. “A Culpa é das Estrelas” prova isso, mas prova também que a vida “é bonita, é bonita e é bonita”. 

PS: era tanta emoção, que não tiramos fotos! :(